BRASIL CONSEGUE SUPERAR META DE REDUÇÃO DA
MORTALIDADE INFANTIL DA ONU
O acordo internacional previa a redução em 2/3 da
mortalidade de 90 a 2015.
Relatório divulgado
pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destaca que o Brasil já
alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODB), em relação à mortalidade de crianças com
menos de cinco anos de idade. O acordo internacional previa a redução em 2/3 da
mortalidade desse público entre 1990 e 2015.
De acordo com a
ONU, o Brasil apresentou redução de 73% das mortes na infância desde 1990.
Neste ano, a taxa brasileira indicava que a cada mil crianças nascidas vivas,
58 morriam antes de completar cinco de anos de vida. Em 2011, o órgão
internacional mostra que o índice reduziu para 16/1.000.
Os dados divulgados
pela ONU estão dentro das expectativas do Ministério da Saúde e confirmam que
as politicas de Saúde Pública do governo federal voltadas para a família, à
gestante e à criança têm dado resultados positivos. Em 2011, o Brasil foi um
dos cinco países que mais teve redução da mortalidade em crianças.
"Atingir a
meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória brasileira. Esta
significativa redução faz parte da expansão da Atenção Básica no país, por meio
da Estratégia Saúde da Família (ESF), e de ações preconizadas para a melhoria
da atenção integral a saúde das crianças. Mas nós queremos avançar ainda mais.
Para isso, temos a Rede Cegonha que vai reforçar a qualidade no pré-natal e
também a qualidade na assistência ao parto", enfatiza o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
O Ministério da
Saúde investiu cerca de R$ 3,3 bilhões na Rede Cegonha e já conta com a adesão
de 4.729 municípios brasileiros. O programa, que reúne medidas que garantem
assistência integral às grávidas e ao bebê, criou 348 leitos neonatais e
requalificou mais 86 em 2011. A previsão é habilitar outros 350 novos leitos
neonatal ainda este ano. Atualmente, o Brasil conta com 3.973 de UTI Neonatal e
2.249 leitos de UTI Pediátrico. Estima-se que 91,5% do total de gestantes
usuárias do SUS serão atendidas pelo programa.
A coordenadora da
área de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do UNICEF no Brasil, Cristina
Albuquerque, enfoca que esta vitória reflete os esforços brasileiros para
enfrentar as principais causas de mortalidade. "Esse resultado deve ser
celebrado pelo País porque representa o esforço conjunto do governo e da
sociedade em favor da garantia do direito de sobrevivência das crianças
brasileiras", afirma.
O Brasil possui a
maior e mais complexa rede de Banco de Leite do mundo, que conta com 208 bancos
e 109 postos de coleta em todo o país. No caso dos bebês prematuros o leite
materno é importantíssimo para o desenvolvimento saudável, fortalecimento,
proteção contra alergias e infecções.
A Politica Nacional
de Aleitamento Materno também tem conseguido ampliar as taxas de aleitamento
materno de forma significativa e contribuído efetivamente para que o país
atingisse as metas internacionais. Nas capitais brasileiras e no Distrito
Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre
1999 a 2008.
O Programa Nacional
de Imunização que conseguiu que o país eliminasse a ocorrência de muitas
doenças imunopreveníveis, O Ministério da Saúde incluiu a vacina de Rotavírus
Humano (VORH) no calendário de vacinação em 2006, hoje cerca de87 % das
crianças estão imunizadas. Em 2010, foram incluídas as vacinas Pneumocócica 10
(conjugada) e a meningocócica C (conjugada).
A diminuição da
pobreza obtida pelo programa brasileiro de transferência de renda - o Bolsa
Família - é um forte fator para a redução dos óbitos infantis. Para receber a
verba federal toda mãe com crianças de até sete anos de idade deve apresentar a
carteira vacinal em dia e, caso a mulher esteja gestante, deve ter
acompanhamento do pré-natal.
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